Administração e alunos do “Viração” comemoram 13 de maio com afro cultura e história

A Administração Municipal por meio da Setradh (Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Humano), Sectur (Secretaria de Cultura e Turismo), e seus professores realizaram na ultima sexta feira 13, Dia da Abolição da Escravatura, uma apresentação de capoeira, maculêle, e samba de roda no Centro Comunitário da Topolândia, região central de São Sebastião.

O projeto funciona com uma integração entre alunos das escolas municipais, creche Meire Vasquez e alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Os alunos são praticantes das oficinas de capoeira oferecidas pela Administração e fizeram uma bela apresentação para comemorar a data.

Afro

Ao todo mais de 250 crianças estão envolvidas com as oficinas afro culturais. Foram duas apresentações (manhã e tarde). A coordenadora do projeto Ana Carla Santana Martins disse  acreditar na importância do trabalho e sentir que tudo é feito com carinho, de coração e com muita responsabilidade. “Temos também karatê, dança, yoga, apoio pedagógico,  esportes e artes dentro do projeto “Viração”.  

O professor Alex Getúlio dos Santos,introduzido na capoeira por Marcelo Bonginha, capoeirista com mais de 21 anos de experiência, lembrou aos alunos e participantes haver uma lacuna na história contada. “A princesa Isabel aboliu a escravatura numa pressão dos ingleses que queriam comprar escravos e lançou os escravos nas ruas sem nenhum apoio ou sistema de reintegração de vida, tornando-os vagabundos e arruaceiros, pois usavam a arte da capoeira para roubar e saquear por não saberem fazer mais nada”, comentou.

Hipótese

De acordo com ele, havia uma outra hipótese com indenizações e doação de terras, porém prevaleceu apenas a liberdade que em muitos casos se tornou uma prisão sem grades. Posteriormente, o marechal Deodoro da Fonseca proibiu o uso da capoeira colocando-a como crime penal a quem a praticasse. Somente em 1930 foi que Getúlio Vargas liberou, através de lei, o uso  da capoeira em clubes como algo artístico, cultural e esportivo.

A aluna Jéssica  Jennys, 13, comentou ter gostado da apresentação e afirmou que faz quase todas as oficinas dentro do projeto, entre elas, a de karate e dança.

Fonte: Depto de Comunicação