Arraiá Caiçara 2010: Resgate do Folclore e da Cultura Caiçara agrada o público

13/07/2010 12:59

O Arraiá Caiçara, evento organizado pela Prefeitura de São Sebastião, começou na última sexta-feira (9) na Praça de Eventos na Rua da Praia, na região central. Além de oferecer os tradicionais comes e bebes da época, muita música e decoração típicas, a ideia para este ano é valorizar a cultura caiçara.

Logo na entrada da festa, moradores e turistas puderam apreciar a réplica de uma tradicional residência de pescadores. A “Vila Caiçara” traz móveis e decoração típicos em uma casa de pau a pique, construída com bastante empenho pelos jovens do Sítio Arqueológico. A novidade atraiu a atenção dos curiosos, que puderam servir-se de pipoca, quentão, café, farinha e pinhão, todos preparados no forno à lenha elaborado pelos alunos das Oficinas Tradicionais da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur) junto ao artesanato também presente e exposto ao público.

Do outro lado da Vila, oficinas abertas de caxeta e escultura em barro fazem parte da programação paralela, que ainda contará com aulas de violão, viola e cavaquinho, escultura, capoeira, entre outros.

O resgate da cultura local agradou não só o público, como também aos representantes das entidades que trabalham nas barracas de comidas típicas. Para a presidente do grupo de apoio Amor Exigente, Cecília Ramos Freitas, a Vila Caiçara vem ao encontro do que o projeto implanta. “Mostrar a cultura local ajuda muito e atrai as pessoas. Nós também falamos das raízes, das nossas origens, pois é importante saber de onde viemos”, relata.

  

Catira e Recortado

E com o folclore em destaque, para a abertura oficial da festa subiu ao palco o grupo de catira e recortado da Associação Cultural Anástasis, convidados especiais vindos diretamente de Olímpia, a capital brasileira do Folclore, localizada no interior de São Paulo.

Ao som da sanfona e da viola, homens e mulheres iniciaram a tradicional dança das fitas. Nas cores branca e vermelha, eram trançadas no mastro preto, em homenagem à bandeira do Estado. Na dança “Cana Verde”, um fandango dançado como uma valsa em cruzes, as palmas e as batidas fortes dos pés ditavam a marcação do ritmo.

Já na dança do cafezal, a homenagem era aos antigos lavradores no trabalho da colheita. A quadrilha também foi apresentada pelo grupo, que retratou desde sua fase aristocrática até a popularização atual. Outras coreografias como “Flores e fitas” e a “Dança do Bambuzal” também fizeram parte da apresentação.

Saindo do palco, os dançarinos interagiram com o público em mais algumas coreografias. O prefeito Ernane Primazzi e a primeira-dama, Roseli Trevisan, junto à secretária Marianita Bueno também se uniram ao grupo arriscando alguns passos.

  

Quadrilha de Caçapava

No sábado (10), o grupo de forró Quarteto Mágico, de São José dos Campos, abriu a esperada apresentação da quadrilha de Caçapava. Com bonecos gigantes, noiva, noivo, padre entraram em cena em meio ao público junto a outros “integrantes”, em uma apresentação que chamou a atenção de todos pela animação e coreografias engraçadas. Ao final, os bonecos saíram pela multidão e interagiram, em especial, com as crianças.  Caminhando por toda a estrutura do Arraiá, receberam elogios, abraços e não faltaram poses para fotos.

E não só a programação típica animou o público e os barraqueiros. As mudanças na estrutura também têm ajudado no lucro. “As alterações na distribuição das barracas deixou a festa bem melhor e mais organizada este ano. E temos realmente que mostrar o que é feito e valorizar os alunos das Oficinas Culturais, que são muito boas.”, diz a representante da Associação dos Moradores de Maresias (Somar), Dircéia Arruda, que sugere para o próximo ano uma oficina para ensinar a fazer comidas típicas caiçaras.

Já a Associação dos Moradores do Pontal da Cruz conta com um diferencial para dar embalo às vendas. Na barraca da Sampoc é possível encontrar uma cachaça de pimenta elaborada artesanalmente. “Já vendemos até para visitantes alemães e suíços”, diz André Lima, vice-presidente da associação. Para Lima, o primeiro final de semana do Arraiá superou as expectativas. “O fluxo está maior que o ano passado, a estrutura muito melhor e a distribuição das barracas neste ano ajudou bastante. Estar próximo ao palco, para nós, é uma vantagem”, comemora.

(CF)

Fonte: Depto de Comunicação

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