Iphan realiza capacitação sobre a cultura imaterial de São Sebastião

Em razão da parceira e convênio entre a Administração Municipal de São Sebastião, por meio do departamento de Patrimônio da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), e o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), no último final de semana técnicas do Instituto estiveram no Centro Cultural de São Sebastião Batuíra para a capacitação de uma equipe que irá atuar em pesquisa e inventários da cultura imaterial, com o projeto “Preservação dos Processos Culturais da Sociedade sebastianense”.

Este projeto foi selecionado pelo edital do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial do Iphan/2010 e vem ao encontro da proposta da Administração em desenvolver ações relativas ao patrimônio imaterial.

Para a realização do projeto, será aplicada uma metodologia própria do Iphan - INRC (Inventário Nacional de Referências Culturais). O Inventário foi desenvolvido por técnicos do Iphan e trata-se de uma metodologia que tem por objetivo identificar, documentar e registrar, sistematicamente, os bens culturais expressivos da diversidade cultural do país.

Programação

No primeiro dia, 02 de julho, foi apresentada uma palestra pela antropóloga Simone Toji sobre um breve histórico da formação da política de patrimônio imaterial no Brasil e a experiência da política federal.

Já no domingo (3), os presentes tomaram conhecimento sobre a questão da identificação das manifestações culturais, tendo como referência a aplicação do INRC. Também foi realizada uma breve simulação da aplicação dessa metodologia entre os participantes.

Um número expressivo de pessoas envolvidas com a cultura imaterial do município compareceu ao encontro, tanto da Costa Norte, como da Costa Sul da cidade. Representantes do artesanato, das manifestações festivas como a Folia de Reis, além de grupos e pessoas detentoras do conhecimento no feitio da panela de barro, da canoa de um único tronco de árvore, entre outros.

Nas palavras da antropóloga Simone Toji, a Administração Municipal está de parabéns, visto que leva vantagens em relação a outras localidades, por já possuir uma legislação que visa salvaguardar e dar subsídios para a cultura imaterial (Lei Municipal 1770/05).

Os processos seguem uma rígida sequência em livros de registros e por isso sua conclusão leva tempo. Entretanto, o principal é que os próprios artistas serão responsáveis por registrar, junto ao Iphan, toda a cultura imaterial produzida no município, o que enriquecerá os trabalhos e a memória do caiçara.

Fonte: Depto de Comunicação